21 de jul. de 2010

TERRA MADRE por Clara Coelho

Foi com esse conceito que Clara nos apresentou sua exposição TERRA MADRE em Cunha.

Arte Africana

A arte da raça negra está ligada à sua concepção do mundo e baseada na sua compreensão religiosa ou mitológica da alma e sua crença em seus ancestrais e seus espíritos.
Ela é o resultado de uma revelação divina e na verdade está bastante distante do conceito da arte pela arte.
Não existe nenhuma representação desligada de suas crenças religiosas e todo o objeto produzido está impregnado de poderosa força mística.
Esta seria a diferença com a arte que hoje usa seus signos para se expressar, sua experiência religiosa ou mitológica é inacessível para nossa cultura.
Retomando seus símbolos vamos à busca de nossa essência primitiva da qual nos afastamos há muito tempo e que hoje nos parece ser parte essencial da nossa espiritualidade perdida.
Buscamos uma simplicidade que se afastou de nossas vidas e de nossos lares, repletos de ornamentos e decorações rebuscadas que além de perderem o sentido estético, perderam a espontaneidade e a força mística, não tendo nenhum significado para a sociedade em que vivemos, não passando de escolhas arbitrárias e individuais.
Ao tentarmos nos reaproximar da África buscamos sua simplicidade, refinamento e, sobretudo uma linguagem que nos aproxime mais como seres humanos criando nós, signos próprios, que possam ser reconhecidos pela sociedade em que vivemos, resgatando a essência primitiva e valiosa da qual tanto nos distanciamos.

Clara Coelho 
ceramista pesquisadora
orientadora artística
julho 2010



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